Em 2020, a pandemia nos mostrou que nem tudo é conforme planejamos, que precisamos nos reinventar constantemente e que chegou o momento de repensar os nosso hábitos. Além de impulsionar diversas tendências comportamentais, sociais, de consumo e a transformação digital, também nos desafiou a desacelerar. Durante esse período, diversas pessoas se atentaram à saúde (tanto física quanto mental), refletiram sobre suas relações pessoais e profissionais.
Nesse sentido, vamos propor uma reflexão profunda e de auto descoberta no conteúdo de hoje: o princípio de desacelerar. Ultimamente, muito se tem discutido sobre a pressão das mídias sociais e da produção de conteúdo imparável, bem como nas consequências que isso resulta na saúde mental dos usuários dessas plataformas. Então, bora conversar sobre slow content?
Slow living: um convite para viver em um ritmo diferente
Vamos iniciar do princípio desse movimento: o slow living. Por sua vez, trata-se de um estilo de vida que permeia as atividades, produção, consumo e hábitos. Ao adotar essa filosofia, você escolhe viver “mais devagar”. Porém, isso não significa ser “lento” ou “postergar atividades”, mas sim sermos mais humanos, olhar o mundo e as pessoas com sensibilidade, respeitar o seu próprio momento e forma de lidar com a sua vida. A partir disso, nos deixamos sentir mais e sair do automático que a dinâmica atual nos faz assumir.
E a culpa dessa aceleração não é de ninguém! A vida, o trabalho e a inserção das tecnologias de comunicação e informação (as famosas TICs) nos convidam para rotina corrida. Aliás, isso vem de muito tempo! Mas, cabe a cada um saber o momento de usufruir com prazer dos acontecimentos, conteúdos, reflexões ou simplesmente do “não fazer nada”, do “tô de bobeira”, “vou ver isso com calma” e do “tirei o day off”. Ou seja, é sobre a responsabilidade e conexão com nós mesmos.
Ainda, conforme a Bruna Miranda do Review Slow Living: “o conceito do slow living vai além do sustentável. Somado a isso, entram a cooperação, respeito, gratidão, celebração e resiliência. Um viver consciente inspirado por reflexões que nos direciona para novos olhares e novos caminhos”. E como isso pode ser aplicado no ambiente digital e no consumo/produção de conteúdo? Chegou o momento de falar sobre slow content!
Slow content e o conteúdo desacelerado
Na mesma perspectiva, o movimento slow content prioriza a qualidade do conteúdo de maneira genuinamente profunda. Assim, o cuidado com as publicações nas mídias sociais é empático e o storytelling (o contar histórias verdadeiras, a fim de gerar conexão com os públicos) das marcas e pessoas torna-se mais aproximativo e singular.
Sabemos que todos estamos sofrendo com o algoritmo, que somente é nosso amigo quando produzimos muito, geramos engajamento e investimos nas plataformas digitais. Porém, assim como o slow living, partimos da ideia de que não temos como acompanhar e consumir tudo o que acontece no mundo. Muito pelo contrário: o ideal é absorver, compreender e aprender sobre as informações e ideias e, a partir desse momento, elaborar conteúdos em que você acredita.
Dessa forma, nos permitimos enxergar a nós mesmos e aos outros como seres humanos com emoções, sentimentos, crenças, histórias. Nem todos os dias são bons e felizes. Conteúdos virais não são sempre coerentes com a forma que cada pessoa vê e vive a própria vida e o seu negócio. Logo, o slow content nos propõe a compartilhar e produzir conteúdos em que acreditamos, causando um impacto positivo na nossa comunidade.

Publicações com consciência e propósito
Como filosofia, o slow content nos permite postar quando estamos com vontade. Assim, não ficamos reféns de metas absurdas – como por exemplo, publicar e falar nos stories todos os dias. Lógico que se você consegue realizar esses objetivos de uma forma leve na sua rotina, maravilha! Entretanto, caso isso pese e gere estresse, está tudo bem. Não se cobre tanto.
O postar com propósito visa além das métricas: almeja a conexão, relacionamentos e identificação dos seus públicos com os seus valores. Tudo isso com base em muito estudo nos assuntos e pautas que queremos entender e publicar. Também, respeitando o próprio tempo de aprendizado. Dessa forma, possibilitamos a menor recorrência do famoso bloqueio criativo, pois estamos presentes e sendo nós mesmos nos conteúdos!
Afinal, como diz o Review Slow Living: “passar o olho em um volume de informações não é absorver, realmente. Aproveitar bem um conteúdo envolve presença, tempo, intenção – tanto para quem cria quanto para quem consome”.
Mas, como fica o algoritmo nisso tudo?
Sabemos que você já escutou e/ou leu isso, mas vale o lembrete e conselho: cada vez mais, as pessoas que te acompanham nas mídias sociais, que consomem os seus produtos, serviços e conteúdos, querem ver e sentir VOCÊ! Quando trocamos e compartilhamos a nossa verdadeira história e no que realmente acreditamos, geramos conexão. Queremos ver e reconhecer as vulnerabilidades, coragens, bagagens e posicionamentos de quem acompanhamos.
O mundo pede com urgência por marcas e indivíduos verdadeiros e transparentes. Então, construa relações baseadas em confiança. Assim, acreditamos que podemos vencer o algoritmo e construir elos e vínculos duradouros. Vamos juntos? Se você gostou desse conteúdo, que tal nos acompanhar no Instagram e nos conhecer um pouquinho mais? Vamos adorar construir esse relacionamento! E se quiser continuar a leitura, te indicamos o conteúdo sobre empreendedorismo e o tempo que produzimos! Até mais. 🙂