Aqui na Haura, somos a favor das reflexões, dos debates, de pensar no porquê dos acontecimentos. Mais do que ter respostas prontas e absolutas, valorizamos a discussão e a troca de pensamentos.
Recentemente, lemos mais uma obra de Byung-Chul Han, um autor que gostamos muito. O livro “Não-coisas: reviravoltas do mundo da vida” nos gerou diversos pensamentos sobre marcas e branding na era da informação.
Neste texto, vamos compartilhar um pouco das nossas reflexões, que estão diretamente ligadas à forma em que atuamos com as marcas que trabalhamos. Então, vem com a gente nessa leitura!

Para começar: o que são coisas e não-coisas, segundo Han
Na obra, Han aborda a dicotomia entre “coisas” e “não-coisas”. Assim, cita aspectos como as relações humanas, a natureza, as emoções e a vida como “coisas”. Já elementos como as mídias sociais, o digital e a inteligência artificial, como “não-coisas”.
Ou seja, as “não-coisas” são elementos presentes em nossa vida, que atualmente são indispensáveis. Entretanto, existe vida (ou já existiu) sem eles. “Não-coisas” são alimentadas por informações.
Para o autor, a sociedade contemporânea está imersa no uso excessivo de “não-coisas”, o que pode resultar em empobrecimento do mundo, especialmente no que diz respeito a relacionamentos e conexões humanas.
Dessa forma, Han defende que essa ausência de relacionamento, o excesso das “não-coisas” leva ao empobrecimento do mundo. Com isso, destaca a importância dos laços interpessoais e como a falta deles pode contribuir para um ambiente empobrecido em termos de significado e valor.
A partir disso, nossa reflexão adentrou no contexto das mídias sociais, da vida digital, e no posicionamento de marcas e branding considerando essa perspectiva.
Nesse cenário, quais as consequências para o posicionamento das marcas e branding?

Possíveis consequências para as marcas e branding
Na era das “não-coisas” há tanta informação que não sabemos em que ou quem confiar. Isso se estende em nossas relações sociais, relações com marcas e com o governo. Não é à toa que fala-se tanto sobre fake news.
Assim, a busca pela humanização das marcas é mencionada como uma possível reação ao excesso de “não-coisas”, sugerindo que as pessoas procuram elementos mais tangíveis e significativos em um ambiente saturado de digitalização.
A procura por conteúdos e ações mais humanizadas, bem como a busca por comunidades e propósito, refletem uma tentativa de recuperar as “coisas” valiosas na vida em meio a tantos estímulos digitais.
Em vista disso, o ser humano busca cada vez mais encontrar marcas que partilhem dos mesmos ideais que o seus, buscando propósito em tudo o que faz.
Isto é, seria o sentimento de desconexão gerado pela era da informação que fez com que as pessoas buscassem nas marcas algum tipo de conexão?
Essa foi uma reflexão (dentre tantas outras) que trouxemos para cá! Quer acompanhar mais conteúdos como esse? Você encontra nossas reflexões sobre o mundo, comunicação, marcas e branding em nosso blog ou Instagram.