Quando a marca opta por um rebranding, está querendo sinalizar a intenção de iniciar um novo momento na história, com intuito de ser percebida de forma diferente.
Ou seja, comunicar os públicos sobre um novo momento da sua trajetória, uma maneira de ser percebida de forma diferente.
O rebranding é um processo complexo que vai além da simples mudança de logo ou identidade visual de uma empresa.
Logo, envolve uma reavaliação profunda da marca, sua comunicação e seus valores, que devem estar alinhados com a visão estratégica e os objetivos de negócio.
Neste texto, vamos explorar os aspectos cruciais para a transformação durante o rebranding, desde o processo em si até os desafios enfrentados e casos contemporâneos relevantes.
Por que realizar um rebranding?
A vontade ou urgência de mudar pode vir de fatores internos e externos à marca. Assim, não há regra ou fórmula, pois depende de diversos fatores e análise de cenários macro e micro. Além disso, a necessidade do rebranding pode vir de fatores de ‘dentro’ ou de ‘fora’ da marca.
Fatores internos são aqueles que dizem respeito à organização, ou seja, que impactam diretamente seu funcionamento, desempenho e resultados.
Isso inclui aspectos como a cultura organizacional, a estrutura de liderança, os processos internos, a capacidade de inovação e a eficácia das operações. Todos esses fatores podem influenciar no valor da marca como um todo.
Logo, os fatores externos estão fora do controle direto da organização, mas que podem influenciar suas operações e resultados.
Isto é, engloba aspectos como as condições econômicas, tendências de mercado, concorrência, regulamentações governamentais, mudanças tecnológicas, fatores sociais e culturais.
Dessa forma, o processo de rebranding é algo que requer planejamento cuidadoso e uma compreensão profunda da marca e de seu contexto.
Começa com uma análise minuciosa da situação atual da empresa, incluindo sua posição no mercado, percepção da marca pelos consumidores e concorrência.
Em seguida, são definidos os objetivos e diretrizes para a transformação da marca, que podem incluir a revisão dos valores, missão e visão da empresa.
A partir daí, são desenvolvidas as estratégias de comunicação e implementação, garantindo que todas as partes interessadas estejam alinhadas e engajadas no processo.
Desafios do processo de rebranding
Apesar dos benefícios, o processo de rebranding também apresenta desafios significativos. Um dos principais desafios é garantir a consistência e o alinhamento entre a nova identidade da marca e sua cultura organizacional.
Além disso, pode haver resistência interna à mudança, especialmente entre funcionários e stakeholders mais tradicionais. Outro desafio é a gestão da transição, garantindo que a empresa mantenha a confiança e lealdade de seus clientes durante o processo de rebranding.
Também é necessário frisar que o processo de rebranding deve acontecer de maneira genuína. Isto é, realizar apenas a mudança de logotipo não irá refletir nas ações da marca.
O processo deve ser estruturado do início ao fim, e a mudança de logotipo é mais uma das etapas do processo.
Cases de rebranding
Dois casos contemporâneos de rebranding dignos de serem destacados aqui são os do Itaú e da Johnson & Johnson.
Ambas as empresas passaram por processos de rebranding significativos para se adaptarem às mudanças no mercado e fortalecerem sua posição competitiva.
Perto de completar 100 anos, o Banco Itaú adotou uma nova identidade visual, slogan e estratégia de comunicação para refletir sua posição no mercado financeiro.

Clayton Caetano, Head de Brand Design do Itaú, disse à Brands for Future que a marca precisou se adaptar à transformação do mercado financeiro dos últimos 15 anos.
Essa mudança, provocada pela tecnologia, aumentou a competitividade entre as empresas do ramo. Com isso, o Itaú precisou se dedicar a uma agenda de transformação digital nos últimos 10 anos, incluindo investimentos em tecnologias e processos simplificados.
Com isso, houve mudanças na gestão que trouxeram uma transformação cultural muito forte. Ou seja, o rebranding da marca é um exemplo de sucesso, pois veio acompanhado de mudanças internas e externas.
Do mesmo modo, a Johnson & Johnson revitalizou sua marca para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo de produtos de cuidados pessoais e saúde.

A Johnson & Johnson diz que a mudança veio com o intuito de abranger da melhor forma o setor de medicina inovadora e medtech, que produz soluções tecnológicas para o mundo da saúde, como robôs que auxiliam médicos nas salas de cirurgia.
Sendo assim, as transformações internas que precisavam refletir também no modo que a marca é vista pelos seus públicos. Esses são dois cases que destacam a importância do rebranding como uma ferramenta estratégica para o sucesso empresarial em um mundo em constante evolução.
Consultoria de marcas
Entretanto, nem só grandes marcas precisam de rebranding. Renovações são necessárias e mostram que a empresa está atualizada com as transformações do mundo.
Para isso, consultorias são uma boa estratégia para entender quais mudanças são necessárias diante do cenário da marca e dos seus públicos.
Na Haura, a Consultoria de Marcas vem para auxiliar os empreendedores a atravessarem as mudanças de forma segura e concreta, com a certeza de que as mudanças internas na marca possam refletir externamente da melhor maneira possível.
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